Nós profissionais de educação, não podemos ficar alheios às mudanças que estão ocorrendo em todos os níveis, principalmente no que diz respeito ao nosso trabalho. Como diz Constance Kamu (1992)...”a educação precisa parar de ser ditada pelo pêndulo que sempre acaba retornando ao que não funcionou antes. Ao invés de voltar ao ensino “tradicional”, devemos nos mover adiante, usando o que agora já sabemos sobre como os seres humanos adquirem conhecimento e valores morais”.

Mas do que nunca precisamos de pessoas ativas e participantes, que deverão tomar decisões rápidas e, tanto quanto possível, precisas. Assim, é necessário formar cidadãos matematicamente alfabetizados, que saibam como resolver, de modo inteligente, seus problemas de comércio, economia, administração, engenharia, medicina, previsão do tempo e outros da vida diária. E, para isso, é preciso que a criança tenha, em seu currículo de Matemática elementar, a resolução de problemas como parte substancial, para que desenvolva desde cedo sua capacidade de enfrentar situações-problema.

domingo, 21 de julho de 2013

Quem sou ?

Dizem que faço parte das exatas, porém admito contestações. Muitas pessoas me amam, outras tantas me odeiam. Porém, ninguém vive sem mim. A verdade é que sou “oito ou oitenta”, “doce ou amarga”, “quente ou fria”,...
Sou poderosa, posso determinar o futuro profissional de qualquer um, a conquista do sucesso ou o fracasso esta diretamente relacionada ao quanto me conhece.
Sou exigente e orgulhosa, para dominar-me, fazer uso dos meus conceitos, regras e aplicações com eficiência, não basta dedicar-se apenas o tempo de sala de aula. Quero atitude, compromisso comigo, muita organização, dedicação e perseverança.
Não suporto indiferença e apatia, sou cruel nesses casos e posso castigar, tirando seu sono, atrapalhando viagens ou dando um gosto “amargo” às suas tão sonhadas férias.
Quanto mais tempo se dedicar a mim, maior retorno terá, pois desvendando meus segredos e os meus mistérios, você não se decepcionará em outras áreas, até mesmo naquelas que  supostamente não tem nada á ver comigo.
Sou início, meio e fim, Deus criou o mundo segundo minhas leis e fórmulas, só eu possuo a chave que abrirá as portas do futuro. E ainda existem pessoas que dizem não precisar de mim para viver, e, no entanto, tentam sem sucesso me ignorar.
Não sou vingativa, permito a todos recomeçarem quantas vezes quiserem. Se não me dominas, lhe dou agora a fórmula para virar este jogo. Inicie pela tabuada se for preciso, pois esta é fundamental, não tenha vergonha! Trabalhe com as quatro operações até adquirir autonomia para quando for usar a calculadora, quer seja apenas para ganhar tempo, e não para suprir deficiências.  Operar, comparar, diferenciar e localizar com exatidão na reta numérica qualquer número racional são os passos seguintes. A partir dessa fase, trabalhe os conceitos de potenciação, radiciação e fatoração. Isolar uma variável numa equação do primeiro grau talvez seja a habilidade mais útil para qualquer estudante. Encontrar, em quaisquer situações, as raízes de uma equação do segundo grau, te deixarás apto, ou seja em condições de continuar teus estudos de forma independente, pois a partir de agora possui confiança e os requisitos básicos para entrar e cursar com eficiência o ensino médio e ver  com outros olhos a mim, pois a partir de então serei a solução, e não mais seu problema.
E agora! Já sabe quem  sou?
Acertou, se você respondeu: matemática.



Caibar Soares Vital    

domingo, 16 de junho de 2013

Plano de Aula do Modulo III

Aula de Matemática


Conteúdo Principal:
Razão e Proporção

Tema:
 A aplicação do conceito de escala na resolução de problemas.

Objetivo Geral
- Fazer o aluno pensar produtivamente
- Desenvolver o raciocínio do aluno
- Ensinar o aluno a enfrentar situações novas
- Dar ao aluno a oportunidade de se envolver com as aplicações da matemática
- Tornar as aulas de Matemática mais interessantes e desafiadoras
- Equipar o aluno com estratégias para resolver problemas envolvendo escala


Objetivos Específicos

- Compreender a ideia de razão e aplica-la na resolução de situações-problema;
- Usar construção em papel quadriculado;
- Fazer uma atividade em que são dados instruções/comandos oralmente e os alunos desenham;


Justificativa
       Nós profissionais de educação, não podemos ficar alheios às mudanças que estão ocorrendo em todos os níveis, principalmente no que diz respeito ao nosso trabalho. Como diz Constance Kamu (1992)...”a educação precisa parar de ser ditada pelo pêndulo que sempre acaba retornando ao que não funcionou antes. Ao invés de voltar ao ensino “tradicional”, devemos nos mover adiante, usando o que agora já sabemos sobre como os seres humanos adquirem conhecimento e valores morais”.
       Mas do que nunca precisamos de pessoas ativas e participantes, que deverão tomar decisões rápidas e, tanto quanto possível, precisas. Assim, é necessário formar cidadãos matematicamente alfabetizados, que saibam como resolver, de modo inteligente, seus problemas de comércio, economia, administração, engenharia, medicina, previsão do tempo e outros da vida diária. E, para isso, é preciso que a criança tenha, em seu currículo de Matemática elementar, a resolução de problemas como parte substancial, para que desenvolva desde cedo sua capacidade de enfrentar situações-problema.


Introdução
       A resolução de problemas é hoje muito estudada e pesquisada pelos educadores  matemáticos devido à sua grande importância no ensino de Matemática.
       A real justificativa  para se ensinar Matemática é que ela é útil e, em particular, auxilia na solução de muitas espécies de problemas.
Begle
             Aprender a resolver problemas matemáticos deve ser o maior objetivo da instrução matemática. Certamente outros objetivos da Matemática devem ser procurados, mesmo para atingir o objetivo da competência em resolução de problemas. Desenvolver conceitos matemáticos, princípios e algoritmos através de um conhecimento significativo e habilidoso é importante. Mas o significado principal de aprender tais conteúdos matemáticos é ser capaz de usá-los na construção das soluções das situações-problema.
Hatfield
       O currículo de Matemática deve ser organizado em torno da resolução de problemas.
NCTM – Conselho Nacional de Professores de Matemática (EUA, 1980)

Estratégias utilizadas:
- Preparar uma cópia para cada aluno do desenho da figura A (mostrada abaixo),  num papel quadriculado sem pintar;
- Em sala pedir aos alunos que pintem o barco da figura A, escolhendo uma cor para a vela e outra para o casco.
- Propor oralmente o desenho do barco da figura B, dizendo para eles desenhar no canto superior direito um barco parecido com o da figura A, mas com metade das medidas.
- Os ângulos deverão permanecer os mesmos, mas as medidas deverão ser “cortadas ao meio”.
- Dar um tempo para que os alunos possam pensar;
- Corrigir na lousa, explicando a nova figura;
- Pedir a eles que a nomeiem como B;
- Repetir o procedimento para as figuras C e D;
- Entregar a cada aluno ou escrever na lousa o texto abaixo:

Constantemente estamos envolvidos com a ideia de proporcionalidade.
Durante este conteúdo, vamos estudar vários assuntos ligados à ideia de proporcionalidades, como escala, velocidade, porcentagem, densidade demográfica e outros.
- Pedir aos alunos que após a leitura e a reflexão, faça uma observação escrita na própria folha;
- Passar na lousa as seguintes informações:
Perceba que, quando passamos da figura A para a figura B:
a)Os ângulos são mantidos;
b)As medidas dos lados da figura A ficam divididas por 2, neste caso, dizemos que as figuras A e B têm dimensões proporcionais ou que há proporcionalidade  entre as dimensões das figuras A e B.
- Pedir aos alunos que verifiquem com seus colegas, se há ou não proporcionalidade entre as dimensões:
a) de B e D
b) de B e C

- Propor atividades de aplicação

Recursos e Materiais:
- Régua, papel quadriculado, lápis de cor, tesoura, cola, atlas, textos específicos, plantas de casas;


Avaliação:
A avaliação terá caráter diagnóstico, desenvolvida de forma contínua e cumulativa durante todo o processo, de forma que os  erros dos alunos possam servir de pistas para  nortear ações de intervenções afim de que cada aluno possam refazer o seu caminho na aprendizagem.
Além das anotações sobre o desempenho individual, durante a realização das atividades propostas (exercícios de aplicação, provas, trabalhos e tarefas), também serão avaliadas as atitudes e valores, como interesse, participação, disciplina, companheirismo, etc

Recuperação:
Retomar, ampliar e ressignificar o vocabulário de escala, razão e proporção.
Propor atividades diversificadas, como pesquisas, vídeos, trabalhos com recortes em jornais e revistas, uso de alguns softwares como cabri e graphmatica.






sábado, 15 de junho de 2013

A Construção do Conhecimento Através da Resolução de Situações-problema


Alguns professores chegam a considerar a resolução de problemas como a principal razão de se aprender e ensinar matemática, porque é através dela que se inicia o aluno no modo de pensar matemático e nas aplicações da Matemática no nível elementar.
Entretanto, embora tão valorizado, este tem sido, ao longo dos anos, um dos tópicos mais difíceis de serem trabalhados na sala de aula. É muito comum os alunos saberem efetuar todos os algoritmos (as “continhas” de adição, subtração, multiplicação e divisão) e não conseguirem resolver um problema que envolva um ou mais desses algoritmos.
A resolução de problemas é hoje muito estudada e pesquisada pelos educadores  matemáticos devido à sua grande importância no ensino de Matemática. Vejamos o que dizem alguns deles:
 A real justificativa  para se ensinar Matemática é que ela é útil e, em particular, auxilia na solução de muitas espécies de problemas.
Begle
A razão principal de se estudar Matemática é para aprender como se resolvem problemas.
Lester Jr.
            A resolução de problemas é a coluna vertebral da instrução matemática desde o Papiro de “Rhind”
George Polya
Aprender a resolver problemas matemáticos deve ser o maior objetivo da instrução matemática. Certamente outros objetivos da Matemática devem ser procurados, mesmo para atingir o objetivo da competência em resolução de problemas. Desenvolver conceitos matemáticos, princípios e algoritmos através de um conhecimento significativo e habilidoso é importante. Mas o significado principal de aprender tais conteúdos matemáticos é ser capaz de usá-los na construção das soluções das situações-problema.
Hatfield
O currículo de Matemática deve ser organizado em torno da resolução de problemas.
NCTM – Conselho Nacional de Professores de Matemática (EUA, 1980)

Ao ter como prioridade a construção do conhecimento pelo pensar, o papel da resolução de problemas é fundamental para auxiliar o aluno na apreensão dos significados.
 A seguir, Luiz Roberto Dante apresenta algumas orientações para melhor atingir esse objetivo:

O que é um problema?
É qualquer situação que exija o pensar do indivíduo para solucioná-la.

O que é um problema matemático?
É qualquer situação que exija a maneira matemática de pensar e conhecimentos matemáticos para solucioná-la.

As fases da resolução de um problema segundo Luis Roberto Dante:
Cinco são as etapas que o aluno deve adotar na resolução de um problema:
a)Leitura e compreensão do problema;
b)elaboração de um plano de solução;
c)execução do plano;
d)verificação ou retrospectiva;
e)emissão de resposta;

Vamos examinar cada fase que o aluno deve seguir:
a)Leitura e compreensão do problema;
- Leitura e interpretação cuidadosa do problema.
- Quais são os dados e condições do problema? Há dados a mais no problema? Faltam dados?
- O que se pede, o que se pergunta no problema?
- É possível fazer uma figura, um diagrama ou uma tabela?
- É possível estimar uma resposta?
b)     Elaboração de um plano de solução;
- Qual é seu plano para resolver o problema?
- Que estratégias você tentará desenvolver?
- Você se lembra de um problema semelhante mais simples que pode ajudá-lo a resolver este problema?
- Tente organizar os dados em tabelas, gráficos ou diagramas.
- Tente resolver o problema por partes.

c)  Execução do plano;
-  Execute o plano elaborado.
- Efetue todos os cálculos indicados no plano.
- Execute todas as estratégias pensadas, obtendo várias maneiras de resolver o mesmo problema.

d)   Verificação ou retrospectiva;
- Você leu e interpretou corretamente o problema?
- Você elaborou um plano razoável e factível?
- Executou com precisão o que foi planejado? Conferiu todos os cálculos?
- Há alguma maneira de tirar a prova para ver se você acertou?
- A solução está correta?
- Existe outra maneira de resolver o problema?
- É possível usar a estratégia empregada para resolver problemas semelhantes?

e)   Emissão da resposta;
- A resposta é compatível com a pergunta?
- Você escreveu a resposta por extenso, respondendo à pergunta do problema?

Algumas sugestões para o ensino na sala de aula:
- Comece trabalhando com problemas simples e, pouco a pouco, apresente problemas mais complexos. Isso fortalece a autoestima e a autoconfiança do aluno.
- Valorize o processo, a maneira como o aluno resolveu o problema  e não apenas o resultado.
- Incentive o aluno a “pensar alto” ou a contar como resolveu o problema. Isso auxilia a organização do pensamento e a comunicação matemática.
- Estimule o aluno a fazer a verificação da solução, a revisão do que fez.
- Deixe claro que é permitido errar. Aprendemos muito por tentativa e erro e não por tentativa e acerto. O erro deve ser encarado como ponto de apoio para uma idéia nova.
- Quando está implícito que é “proibido errar”, o aluno não se  arrisca, não se aventura,  não gera novas idéias, não explora caminhos novos e diferentes.
- Não tire o “sabor da descoberta” do aluno. Oriente, estimule, mas não dê pronto o que ele pode descobrir por si.
- Proponha que os alunos inventem seus próprios problemas.
- Não apresse o aluno durante a resolução de um problema; esta não é uma competição de velocidade.
- Proponha que o aluno formule problemas a partir de uma resposta dada.
- Forme o seu “Banco de Problemas” por série, por ciclo, por assunto, ou por nível de dificuldade.
- Implante em sua classe e/ou em sua escola a seção “O problema da semana”, que poderá figurar no mural da classe e/ou escola.
    Para esse importante assunto, indicamos os livros: Didática da resolução de problemas de Matemática, Ática; A resolução de problemas na matemática escolar, Atual; A arte de resolver problemas, Interciência.

Distinguindo exercício de problema.
É preciso  fazer clara distinção entre o que é um exercício e o que é um problema.

Exercício: como o próprio nome diz, serve para exercitar, para praticar um determinado algoritmo ou processo. O aluno lê o exercício e extrai as informações necessárias para praticar uma ou mais habilidades matemáticas.
Exemplo:
Efetue 123 : 3.
Ou, na forma de problema-padrão: Divida 123 balas igualmente entre 3 crianças.
       Problema ou problema-processo, é a descrição de uma situação onde se procura algo desconhecido e não se tem previamente nenhum algoritmo que garanta sua solução. A resolução de um problema-processo exige uma certa dose de iniciativa, e criatividade aliada ao conhecimento de algumas estratégias.

Exemplos:
1)   Um bolo, em forma de um cubo, com cobertura de chocolate em todas as faces, exceto na de baixo, foi cortado em 27 pequenos cubos, todos do mesmo tamanho. Quantos desses pequenos cubos terão:

a)   apenas uma face com cobertura?

b)   apenas três faces com cobertura?

c) apenas duas faces com cobertura?

d) nenhuma face com cobertura?

2)  Durante a semana, minha mãe faz para o almoço três pratos; um deles é arroz ou macarrão, outro é carne ou frango e o terceiro é salada de folhas ou salada de legumes. Quantas formas diferentes minha mãe tem para organizar o cardápio do almoço?

3) Se Touro Sentado der a seu amigo Touro em Pé um de seus arcos, ambos ficarão com a mesma quantidade. Porém, se Touro em Pé der um dos seus a Touro Sentado, este ficará com o dobro do que tem seu amigo. Quantos arcos tem cada um?

4)  Ao sair de casa, dona loba deixou para seus dois filhos, Rômulo e Remo, uma certa quantia de moedas de um real e um bilhete que dizia: “Metade destas moedas para cada um”. Quando Rômulo chegou em casa, leu o bilhete pegou metade das moedas e saiu. Ao chegar, Remo leu o bilhete e, pensando ser o primeiro, pegou apenas metade das moedas e saiu. Mais tarde ao voltar dona loba encontrou ainda 3 moedas.
Quantas foram as moedas que dona loba havia deixado para seus dois filhos ?

5) Há 800 anos um matemático hindu chamado Bhaskara ficou famoso pelos estudos que realizou a respeito de equações. Nos seus livros, constam alguns problemas em linguagem poética, para serem resolvidos com equações. Vamos propor um desses problemas, adaptando-o para a linguagem de hoje.
“Dois namorados tanto se abraçam que se parte o colar de pérolas da moça. Um terço das pérolas caiu no chão, um quinto ficou no sofá, um sexto foi achado pela moça e um décimo foi encontrado pelo moço; seis pérolas ficam no fio”. Quantas pérolas tinha o colar ?

6) Calcule aproximadamente, quantas horas você já viveu?

7) Aceite a seguinte afirmação com verdade indiscutível: “Todos os produtos importados são caros”.
     Quais das afirmações abaixo podem ser justificadas a partir dela?
a) Podem existir produtos importados que não são caros.
b) Podem existir produtos caros que não são importados.
c Se um produto não é caro, então ele não é importado.
d) Se um produto não é importado, então ele não é caro.

8)Um casal tem três filhos homens, cada um dos quais tem duas irmãs por parte de pai e mãe. Qual é o número total de filhos do casal?

9)Dois pais e dois filhos foram a um  restaurante. Cada um gastou 30 reais; no entanto, a conta toda pôde ser paga com uma nota de 100 reais e ainda sobram 10 reais de troco. Explique como isto é possível, se a conta foi paga corretamente e o restaurante não deu desconto algum.

10)  Um médico receitou a Pedro que tomasse 4 comprimidos, de seis em seis horas cada um. Se Pedro tomar “certinho”, os quatro comprimidos, quanto tempo levará?

11) Entre a  terra e o planeta Solok realizou-se uma corrida espacial, entre cinco naves:
OUSADA chegou depois de RELÂMPAGO;
CARACOL e AVENTURA chegaram ao mesmo tempo;
DESCOBERTA chegou antes de RELÂMPAGO;
A nave que ganhou, chegou sozinha;
Qual nave ganhou a corrida?
      
12)    Uma colônia de bactérias dobra de volume a cada minuto. Se são necessários 90 minutos para a colônia ocupar totalmente um tubo de ensaio, quanto tempo é necessário para ocupar apenas metade do tubo?

13)  Anteontem eu tinha 16 anos. No ano que vem farei 19 anos. Quando é meu aniversário? E que dia é hoje?

14)  Em uma fazenda, havia cinco ovelhas prenhas. Numa certa manhã, o pastor verificou que todas as ovelhas tinham dado à luz. Nenhuma havia tido dois filhotes. Ao fazer a contagem, o pastor constatou que havia seis filhotes. Como isso é possível?

15) Num laboratório há 8 esferas idênticas e de mesmo volume, porém uma delas tem maior massa. Dispondo-se apenas de uma balança de pratos,  como é possível descobrir qual das esferas é a mais pesada com apenas e somente  2 pesagens?

16) João comprou uma bicicleta por R$120,00 e a vendeu por R$130,00. Voltou a comprar a mesma bicicleta por R$140,00 e voltou a vendê-la por R$150,00.
Qual foi seu lucro (ou prejuízo) ao fim de todas essas transações?
                                                           
17)  Uma das maneiras de conseguir encontrar a solução para um problema é o método das tentativas. Muitas pessoas conseguem resolver problemas difíceis  usando este método.
Você já deve ter resolvido problemas, experimentando números para ver se dava certo ou não. É importante você perceber que “tentativa” é diferente de “chute”. As tentativas permitem que a gente vá chegando cada vez mais perto da resposta certa. Com os chutes, ora se está perto, ora se está longe da solução, pois os chutes não tem nenhuma lógica.
Utilizando o método das tentativas, resolva o problema abaixo.


AS DENTADURAS DO VAMPIRO

Um vampiro possuía três tipos especiais de dentaduras:

(1) tipo MO, para pescoços MOLES, própria para crianças;
(2) tipo ME, para pescoços MEDIOS, própria para adultos;
(3) tipo DU, para pescoços DUROS, própria para velhinhos;
Cada dentadura se estragava, por excesso de uso, em tempos diferentes. Assim, as quantidades de cada tipo eram diferentes.
·  Ele possuía três a mais do tipo ME do que do tipo MO.
·  As dentaduras do tipo DU eram o dobro das do tipo MO.

No total, o vampiro mantinha um estoque de ONZE dentaduras.
Mas ele não mordia as pessoas que fossem capazes de responder;
a)  Quantas dentaduras de cada tipo eu tenho?
b)  Qual a que existe em maior quantidade?

Você seria mordido pelo vampiro?

























Fonte: A educação Matemática em Revista, n° 2 - SBEM


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Poesia Matemática


Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Millôr Fernandes

O Amadurecimento da Leitura

          Enquanto estou lendo seus depoimentos fico imaginando, e eu, o que vou relatar?
        A leitura hoje faz parte e sentido na minha vida, mas nem sempre foi assim. Acho estranho, pois não me lembro de muitos fatos que aconteceram na minha infância e adolescência, nem da maioria dos meus professores. 
      Provavelmente os livros que eu li na época para fazer as "provas", em nada me chamaram a atenção, pois não me lembro deles. Mas, recordando o passado para escrever o presente, lembro muito bem, uma tarde de domingo quando cheguei em casa depois de fazer alguns arranjos de flores, enfeitar cestas artesanais, pois tínhamos uma loja de presentes naquela época e meus filhos estavam dormindo,  meu marido estava na  cozinha lendo jornal eu disse que o admirava de como ele gostava de ler livros, revistas, jornais e eu que era professora, nada me interessava e isso me frustrava muito. Então, ele disse para eu sentar  e começar  ler as manchetes das reportagem, e se algo fosse interessante era para  ler o artigo todo, e assim comecei, não parei mais. 
        Como disse a Danuza Leão ( Jornalista e escritora) " adoro ler, e leio qualquer coisa que chegue às minhas mãos". Tenho 49 anos e comecei a ser leitora aos 33 anos de idade. Obrigada meu marido!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Depoimento sobre competência leitora e escritora


Meu procedimento para trabalhar narrativas, ou seja, as leituras na sala de aula; sempre gostei de trabalhar com livros paradidáticos de matemática, quando "se encaixava" com o assunto trabalhado. Já trabalhei com "Poliedros de Platão e os dedos da mão", "Geometria dos mosaicos" e outros. Já tive trabalhos maravilhosos realizados pelos alunos com paradidáticos. Fiquei dez anos afastada como gestora e agora voltei para sala de aula e minha experiência com paradidático: não foram todos que leram, não foi bem sucedida a experiência, estava desanimada, mas vou novamente me animar, pois não podemos no primeiro tropeço desanimar.

Ana Maria Sardinha Rossini.